Entrevista com Ricardo Manso Vieira, presidente do ACR ( Aeroclube de Resende-RJ)
Aeroclube de Resende: voar, voar, subuir...
Resende nasceu para voar. Cidade localizada ao sul do Estado do Rio, Resende é um importante polo industrial automotivo, metalúrgico, nuclear (a cidade é conhecida internacionalmente por abrigar a Fábrica de Combustível Nuclear , complexo das Indústrias Nucleares do Brasil, única capaz de promover o enriquecimento de unrâneo do País) , turístico e sede do segundo maior complexo militar do mundo, a AMAN (Academia Militar das agulhas Negras), que é a única na formação de oficiais combatentes do Exército no país.
Ricardo -Presidente do ACR |
Feito este voou sobre a “Princesinha do Vale”, como Resende é também carinhosamente chamada, vamos aterrissar no aeroclube de Resende para fazer esta matéria.
O aeroclube de Resende já levantou voou tem um tempinho. Foi em agosto de 1941 sua fundação. Seus fundadores foram dois oficiais que estavam em Resende para a construção da Academia Militar das Agulhas Negras: o Cel. Affonseca, que chefiava a comissão de obras, e seu auxiliar, o Cel. Mendes. Junto com estes oficiais estava um grupo de aficcionados pela aviação.
A história do Aeroclube tem como base o aeroporto de Resende, que foi construído em 1941 e tem capacidade técnica para operar com aeronaves de até 50 passageiros. Ele conta com pista asfaltada de 1300 metros, dimenções semelhantes a do aeroporto Santos Dumont, do Rio de Janeiro. Só que não tão bem aproveitada.
Hoje é um dos mais antigos aeroportos do Brasil e o único aeroporto com essas condições operacionais no Vale do Paraíba Fluminense.
Com quase 70 anos, um dos mais antigos Aeroclubes do país, sua existência não passou só por céu de brigadeiro, ele teve lá suas turbulências e de todas soube sair com mestria. Das grandes intempéries, citamos a extinção do DAC, a intervenção do aeroporto de Resende-RJ pela ANAC.
Hoje o Aeroclube está com uma nova diretoria. Sob o comando de Ricardo Manso Vieria, primeiro presidente civil da história do ACR, um apaixonado, claro, pela aviação. Para fazer o clube voar mais alto, com mais autonomia e notoriedade entre o meio aerodesportista e o público em geral, Ricardo nos diz que planos não faltam para isso. Sobre seu encantamento pela aviação e o sonho de voar, ele conta que foi despertado ainda criança.
Confira a entrevista com Ricardo e saiba mais sobre sua história de amor pela a aviação e os planos de voo de sua diretoria para com o Aeroclube de Resende.
Assumi a presidência do ACR em 25/04/2010 em assembléia geral, junto com um novo corpo diretor. Minha gestão será para o biênio de 2010/2011, podendo ser prorrogada em nova votação.
Quem era o presidente antes da sua chegada?
Sr. Marco Antonio Bernardi, coronel aposentado da FAB com vasta experiência de voo. Ele permaneceu no cargo por 17 anos consecutivos e contribuiu de maneira significativa com a formação de mais de uma centena de pilotos. O Coronel Marco Antônio ficou aliviado com a continuidade do ACR. Ele estava já cansado e por razões pessoais pediu para deixar o cargo. Fiquei um pouco assustado com o desafio, mas com apoio e as pessoas que formaram a nova diretoria, foi uma motivação a mais para aceitar.
Antes de assumir o posto de presidente do ACR, você chegou a integrar outros cargos na diretoria?
Sim. Eu era vice-presidente. No aeroclube Peugeot na França eu não ocupava nenhum cargo de diretoria.
Como é formada a diretoria do clube?
A diretoria segue o estatuto do Aeroclube onde temos:
Diretor Presidente, Diretor Vice-Presidente, Diretor Técnico/Manutenção, Diretor de Instrução, Diretor de Arodesporto, Diretor Jurídico, Diretor Tesoureiro, Diretor Vice-Tesoureiro, Diretor de Segurança, Diretor de Materiais/Patrimônio e Diretor Social.
Que inovações pretende implantar no clube durante sua gestão?
Temos que resgatar a auto-estima do ACR, que já foi um importante aeroclube no estado do RJ. As inovações em gestão, infra-estrutura, atividades desportivas, comunicação, propaganda são fundamentais e estavam completamente estagnadas na gestão anterior. De toda forma, o antigo presidente contribuiu enormemente para manter o ACR vivo e ficou no cargo por 17 anos, formando inúmeros pilotos de avião.
Você é de onde e como chegou neste posto no ACR?
Eu sou nascido em São Paulo – SP e por questões profissionais cheguei à região de Resende em 2006. Obtive minha licença de Piloto Privado de Avião na França, sendo que a convalidei no Brasil logo após minha chegada. Após alguns meses frequentando o ACR fui convidado pelo antigo presidente a ocupar o posto de diretor vice-presidente no momento da eleição do biênio 2009/2010.
Sua paixão pela aviação começou quando, ainda criança, assistiu a uma apresentação de um avião agrícola numa feira agrícola?
Sim, foi meu primeiro contato marcante com um avião de pequeno porte. Sempre admirei os aviões grandes, mas nunca me esqueço daquele dia em Ribeirão Preto com meu pai. Assisti a demonstração de um Embraer (Neiva) Ipanema.
Desde então, até você conseguir realizar o sonho de voar, como exercitou esse entusiasmo pela aviação? Frequentava muitos eventos erodesportistas?
Lia matérias aeronáuticas em revistas especializadas e pela internet. Em 2001 decidi iniciar o curso teórico de piloto privado, mas recebi a notícia que havia sido aprovado através de um processo de seleção para trabalhar na PSA Peugeot Citroen na França. Após 6 meses descobri a existência do Circulo Aéreo Peugeot, onde em 2002 iniciei minha formação de piloto privado de avião. Na França, tive a oportunidade de acompanhar diversos eventos aéreos, inclusive o campeonato mundial de balonismo.
O ACR é também uma escola de aviação, há diferença entre esse clube e um outro que seja só um clube de associados de membros que curtem voar?
Sim, sem dúvida. Mesmo que o ACR tenha diversas atividades, sua base é a escola de pilotagem. Trata-se de uma tradição e sua escola foi homologada em 1942. A escola de pilotagem permite que o aluno-piloto se integre realmente ao clube, mesmo após partir para uma eventual vida profissional aeronáutica. A escola de pilotagem é o principal propósito do aeroclube, além de proporcionar uma vida social agradável para seus membros.
Recentemente a revista Frequência Livre fez uma entrevista com a Presidente da ANAC (edição51), na qual nem ela sabia, com clareza, explicar quem deve regulamentar a aviação experimental. Antes da extinção do DAC isso era tranquilo, o DAC cuidava, mas agora, depois de tanto tempo, ainda se discute quem terá essa competência , se a ANAC ou o RBHA 104 que, nas palavras da presidente da ANAC a respeito do RBHA104 “delimita o espaço aéreo, mas diz textualmente que as aeronaves experimentais não precisam ser certificadas e nem os pilotos de licença. Segundo ela essa questão seria decidida ainda neste ano, quando o RBHA seria revisado”.
Você tem alguma informação de como andam essas mudanças? Já foi decido quem cuidará dos“pequenos”, do aerodespotismo? Na sua opinião quem deverá cuidar?
Não tenho informações oficiais. De toda forma, temos que lembrar que o aerodesporto está ligado a ultraleves, onde a ABUL contribui significativamente para a prática deste esporte ou lazer. Temos que lembrar que a segurança de voo é responsabilidade de todos, seja com ULM, experimentais ou aviões. Não consigo imaginar um piloto sem licença ou uma aeronave sem certificação. Quanto a ANAC, temos muitas dificuldades em comunicação com eles, atrasando desta forma, a vida cotidiana do aeroclube. Gostaríamos que as coisas fossem mais claras entre ANAC e aeroclube.
Qual o papel da ABUL nesse cenário? Ela tem representado bem o setor?
Nossa experiência com a ABUL ainda é muito recente, pois acabamos de abrigar um novo ULM. De toda forma o papel da ABUL é essencial para a regulamentação do setor.
Como você vê a situação do nosso aerodesportismo, há algum tipo de apoio por parte de algum governo estadual, federal?
O aerodesporto será o futuro do Brasil na aviação leve. Vemos que é um mercado em constante crescimento. Mas em contrapartida, temos cada vez menos apoio do estado nessas atividades. Este é um dos fatores que cada vez mais aeroclubes modestos tenderão a desaparecer. Outro fato é que infelizmente as horas voadas em experimentais ou ULMs não são reconhecidas pela ANAC.
Como o clube se mantém?
O ACR tem 3 fontes básicas de renda previstas no estatuto.
Escola de Pilotagem e Horas de Voo, aluguel de hangaragem e doações.Hoje temos 3 alunos-pilotos em formação e alguns pilotos privados que voam em treinamento. Ainda é muito pouco, mas saímos do zero em Abril/2010, com a conta bancaria vazia. Com trabalho, honestidade e vontade o ACR poderá ter uma posição mais confortável dentro de 2 anos, eu estimo.
O ACR foi criado nos anos 40. O que motivou sua criação? O que mudou no clube em todos esses anos? O que está melhor e o que piorou, se é que isso aconteceu?
O Aeroclube de Resende foi fundado pelos Cel. Affonseca e Cel. Mendes na década de 40. O reconhecimento da entidade só ocorreu, pelo Ministério da Aeronáutica, em 26 de agosto de 1941 e a homologação da escola de pilotagem em 18 de abril de 1942. Assim, o Aeroclube de Resende começou sua contribuição na formação de centenas de pilotos civis e alguns que buscavam a carreira militar. O ACR teve seus tempos áureos nas décadas de 80 e 90 chegando a ter 5 aviões de instrução. Com a falta de apoio pelo governo e suas entidades aeronáuticas e somadas às dificuldades financeiras fizeram a situação piorar muito, chegando a fundo do poço com o fechamento do aeroporto de Resende pela ANAC em 2009. Agora estamos motivados a reerguer o ACR, mantendo sua presença na história da aviação brasileira.
O aeroporto de Resende foi fechado pela ANAC!? Como foi isso? Ficou totalmente fechado ou esse fechamento só atingiu o aeroclube? E durou quanto tempo? Como foi o processo de liberação?
O aeroporto de Resende esta sob administração da Prefeitura Municipal de Resende e sofreu intervenção da ANAC em Setembro de 2009. O fechamento consiste em proibir a utilização da pista através de NOTAM (Notice To AirMen), devido a diversas não conformidades. As principais não conformidades tocavam majoritariamente aos aspectos de segurança, aos quais a Prefeitura já havia sido avisada diversas vezes. Os principais pontos eram: reforma da cerca e muros que delimitavam o aeroporto para evitar entrada de estranhos em aéreas de manobra e movimento, pintura da pista, isolamento da aérea de circulação pública, retirada dos praticantes de aeromodelismo do pátio de estacionamento de aeronaves, falta de um plano de emergência do aeroporto, etc. O fechamento durou 8 meses e a Prefeitura realizou uma “reinauguração” do aeroporto em Agosto/2010.
O ACR foi vítima dessa negligência por parte da Prefeitura, pois permaneceu inativo, durante todo este período. Nenhuma indenização foi proposta ou paga pela Prefeitura de Resende. Todas suas reservas financeiras se esgotaram e por isso quase foi extinto.
Nesse período como ficou a situação dos associados?
Crítica, pois os aviões hangarados partiram, nenhum membro ou aluno podiam voar, uma catástrofe. Este fato motivou o pedido de vacância do ex-presidente Marco Antonio Bernardi.
Como o ACR enfrentou a extinção do DAC? Que ao que parece muitos clubes não resistiram a essa transição e encerraram as atividades.
O ACR, como disse, passou por momentos terríveis com a extinção do DAC e quase se extinguiu também. O antigo presidente conseguiu manter o ACR ativo, apesar das dificuldades. A motivação e o empenho dos novos membros da diretoria, formado por aviadores e apaixonados pela atividade aeronáutica contribui para mudarmos este cenário. Tendo vontade e união, vencemos os obstáculos.
O que o clube fez para resistir até hoje? Vocês tiveram que fazer muitas adaptações, especialmente, orçamentárias, já que sem o DAC a ajuda do Governo Federal também desapareceu?
Não desistimos facilmente. A infra estrutura do ACR foi muito afetada e vários aviões devolvidos ao longo dos anos por falta de manutenção ou ajuda da ANAC. Por exemplo, o ACR não dispõe de R$40.000 para efetuar a TBO (time between overhall) de um motor. Temos que ser criativos, inovar nos projetos. Estamos preparando um projeto para termos estocagem de combustível no ACR, vendas de artigos com o logo ACR, web site, revisão de preços da hora de voo, participar de convênios com a ANAC para alunos bolsistas, implantar voos panorâmicos de balão, realização de eventos, churrascos, etc.
Nosso foco é atrair mais pessoas para o ACR e mostrar as autoridades que com trabalho e dedicação podemos reerguer o ACR em nome da atividade aeronáutica. O projeto de termos estocagem para combustível é necessária para crescermos. Hoje dependemos de ir buscar AvGas em Guaratingueta ou comprar de outros aviões que chegam. Temos que ser autônomos. Ainda este mês queremos ir a ANAC para estabelecer um vinculo mais próximo e pessoal para poder participar de programas existentes que visam a formação de pilotos. O balonismo é uma coisa linda, que qualquer pessoa se admira. Um dos nossos membros é piloto de balão e quer trazer a atividade pra Resende.
Como está o desenvolvimento dos produtos com a marca ARC? Já estão sendo desenvolvidos? Onde serão comercializados?
Os produtos ACR, camisetas, bonés, adesivos, chaveiros são de rápida confecção, mas precisamos de recursos para isto. Nossa prioridade agora é concluir as reformas de infra-estrutura e manter nossa aeronave em perfeito estado de vôo. O logo do ACR existe há anos e não será mudado. Venderemos os produtos a priori no próprio ACR e mais tarde nos grêmios das empresas da região.
Sobre a realização de voos panorâmicos de balão. Para quando você acha que conseguirá disponibilizar essa atividade? Pensas em disponibilizar panorâmicos de ultraleves e trikes?
Geralmente o segundo semestre não é muito propício para o balonismo. Foram efetuados 2 voos de reconhecimento, mas creio que até o fim do ano poderemos avançar. Depende muito de seu proprietário, pois ele voa em outros locais também como em Pindamonhangaba-SP. Os voos panorâmicos de ultraleves são a critério e autorização do proprietário da aeronave. Estes voos podem ser realizados com a divisão das despesas e por conta e risco de quem voa segundo a legislação descrita no RBHA103. De toda forma, te asseguro que é muito seguro e prazeroso.
Você pretende realizar algum evento ainda neste ano ou vai ser só ano que vem? Já está pensando em como vai ser a grande festa de 70 anos?
Este ano não temos fôlego financeiro para mais nada. A festa dos 70 anos terá que ser realizada e pode ter certeza que já estou pensando nisto com show aéreo e tudo mais.
Há mulheres pilotos associadas ou que freqüentam o ACR?
Hoje não, mas o ACR já formou algumas no passado. Isto é uma pena!
Quanto à escola de aviação do clube. Como que funciona? Quais cursos oferecem? Duração média dos mesmos? Quantos alunos há no momento?
Curso pratico de piloto privado de avião - PPA
Para tornar-se piloto privado de avião (PP), o aluno deve matricular-se junto ao aeroclube e encaminhar-se a uma das Juntas de Saúde do Comando da Aeronáutica (CEMAL, CTA, HASP, etc) a fim de obter o Certificado de Capacidade Física de 2a. Classe.
Após a obtenção do CCF, o piloto-aluno poderá iniciar o curso pratico de pilotagem. O aluno também devera submeter-se a um teste teórico requerido pela ANAC. O aeroclube de Resende não dispensa a formação teórica, mas pode indicar outros pontos de formação.
É necessário que o aluno tenha efetuado 40 horas de vôo de acordo com o programa de instrução de vôo visual da ANAC para submeter-se a uma avaliação pratica, o “cheque”. Após sua aprovação, o aluno receberá sua licença de Piloto Privado, pré-requisito para seguir uma carreira aeronáutica.
Curso pratico de instrutor de vôo avião - INVA
Os requisitos a serem atendidos são: Possuir a licença de Piloto Comercial; 2° grau completo e Certificado de conhecimentos técnicos de Instrutor de Vôo;
Quais os pré-requisitos para ingresso no curso? Qual o custo médio de um curso?
Os requisitos a serem atendidos para PPA são:
• Idade mínima de 18 anos;
1° grau completo;
• Exame teóricos nas matérias: Regulamentos, Meteorologia, Navegação, Teoria de Voo e Conhecimentos técnicos;
• Certificado de Capacidade Física de 2a. classe
O custo médio para se tornar PPA é de R$13.000,00 (tudo incluído, teórico, prático, médico, taxas).
O ACR tem alguma preocupação em divulgar e aproximar a atividade aerodesportista do grande público? Vocês realizam alguma atividade nesse sentido?
Sim. O ACR nunca teve um site e estamos desenvolvendo um agora (www.aerocluberesende.com.br). Queremos integrar as atividades aerodesportivas junto com a escola de pilotagem. Temos um ULM novo conveniado através de seu proprietário e até balonismo para iniciar. O interesse por iniciar atividades de voo a vela estão, também, em nossa estratégia.
Que tipo de aeronaves podem se associar ao ACR?
Todas: ULM, avião, planador, balão.
Quantas e quais têm hoje associadas?
Hoje temos um avião para instrução cedido pela ANAC (AB-115) e um ULM Conquest 180 de um proprietário particular e membro do ACR. As outras aeronaves presentes estão somente hangaradas.
De onde são os associados do clube?
A maioria da região sul-fluminense. Hoje temos em média 25 sócios ativos e pagantes. Pretendemos aumentar este número, atraindo mais pessoas e alunos. O ACR está passando por reformas de infra estrutura (oficinas, alojamento, secretaria, hangares), mas tudo é lento pois é o dinheiro que dita a velocidade.
Qual a procedimento para uma pessoa se tornar membro do clube?
Filia se ao clube com copia do RG, CPF e uma foto + taxa de R$70,00.
A pista é liberada para pousos de não sócios. Vocês alugam o hangar para não sócio?
A pista e o aeroporto é aberta a circulação aérea pública. Esta informação consta no ROTAER. O Aeroporto é administrado pela Prefeitura de Resende e o ACR é um dos usuários instalados na plataforma. O ACR tem 2 hangares em seu ativo e alugamos para hangaragens mensais ou avulsas.
Vocês têm realizado eventos? Algum evento público? Há possibilidade de uma pessoa pagar para se fazer um panorâmico pela região?
Devido ao fechamento do aeroporto de Resende pela ANAC e dificuldades financeiras do ACR, não tivemos eventos públicos nos últimos anos, somente confraternizações internas. Pretendemos mudar isto, mesmo porquê, o ACR fará 70 anos de existência em Agosto de 2011. Os voos panorâmicos são proibidos em aeronaves da união destinadas a instrução, mas como disse, temos um novo proprietário de ULM afiliado ao ACR que pode ceder a aeronave para voos panorâmicos, desde que não se caracterize atividade comercial regular.
O que caracteriza atividade comercial regular? Voos panorâmicos todo fim de semana caracterizaria?
Não necessariamente. Um vôo realizado por lazer, com divisão de despesas inerentes ao voo são comuns. Não podemos, por exemplo efetuar uma navegação para outro aeródromo regularmente, cobrando “passagem”. Voos esporádicos aos finais de semana no âmbito do aerodesporto não se caracteriza atividade comercial regular. Lembro que o ACR não faz voo panorâmico com a aeronave cedida pela ANAC, que é exclusiva para instrução de alunos ou manutenção de pilotos privados ou comerciais.
Qual a dimensão da pista e qual capacidade do hangar? Quantas aeronaves têm hangaradas no momento?
O aeroporto de Resende possui uma pista (08-26) asfaltada de 1300m de comprimento x 30m de largura e fica à uma altitude de 1310ft em relação ao nível do mar. O pátio também asfaltado possui terminal de passageiros e amplo estacionamento para aeronaves de até médio porte.
O aeroclube dispõe de 2 hangares com alojamento gratuito para alunos, instalações administrativas com sala de briefing, churrasqueira e campo de futebol. O principal abriga até 5 aviões, sendo 2 bimotores e o secundário que abriga até 4 aeronaves monomotor. O aeroporto não dispõe de posto de abastecimento para aeronaves. A freqüência de radiocomunicação para trafego no aeroporto de Resende é a freq. livre 123,45Mhz.
Como funciona o skydive? Ele está vinculado ao Clube?
O ACR é uma empresa individual e sem fins lucrativos. O Skydive é outra empresa, completamente desvinculada do ACR. De toda forma temos uma ótima convivência e cooperação.
Obrigada pela entrevista.
Nota: O Skydive é um Clube-Escola de paraquedismo, fundado em 1993 para treinar uma equipe para o Campeonato brasileiro e hoje tem equipes com vários títulos nacionais e internacionais de paraquedismo. A região de Resende é considerada a melhor do país para realização de saltos de paraquedas.
Todas as fotos foram gentilmente cedidas por Ricardo e ACR.
Nota: O Skydive é um Clube-Escola de paraquedismo, fundado em 1993 para treinar uma equipe para o Campeonato brasileiro e hoje tem equipes com vários títulos nacionais e internacionais de paraquedismo. A região de Resende é considerada a melhor do país para realização de saltos de paraquedas.
Todas as fotos foram gentilmente cedidas por Ricardo e ACR.
ARC – Aeroclube de Resende
Estrada do aeroporto, s/nº, bairro Itapuca, Resende-RJ
http://www.aerocluberesende.com.br/ ( Em construção!)
aerocluberesende@gmail.com
(24) 3354 4732